segunda-feira, 28 de julho de 2014

Humanos

E lá estão eles
empilhados,
presos,
mas dizem estar seguros,
confortáveis
e ricos.

terça-feira, 22 de julho de 2014

O mar e eu


Faz tempo, mas ainda lembro.

Vivíamos tão distante,
que valor eu não lhe atribuía,
aí nos conhecemos,
amizade fizemos,
desde então te respeito,
sei que mereces cuidado.

Em suas entranhas
mistérios guarda,
quiçá a humanidade consiga
compreender a importância
que tu mereces
no contexto global.

Guardião de vidas diversas,
gerando energia
e encantos mil,
as vezes aprisionando ilhas
e mitos,
és belo por natureza.

Já te vi cinza, azul e dourado,
já te vi calmo 
e também agitado,
Já foi considerado o fim,
mas também o início.
Fim não tem
e também não tem forma.

Já foi plano,
agora é curvado.
Separou povos 
e uniu continentes.

Respeito e admiração,
é o que sinto
por esse amigo
chamado de mar.

Rui Morel Carneiro







sábado, 19 de julho de 2014

Atitude!


Há dias
em que não encontramos soluções.

Momentos
desagradáveis.

Pessoas
antipáticas.

Caminhos
sem fim.

Portas
trancadas.

Céu
cinzento.

Sinais. Sinais.

É assim mesmo.

Qualquer mudança
se faz necessária.

Talvez interior,
mas há que alterar o processo.

Repensar
e ter atitude.

Rui Morel Carneiro 




quinta-feira, 17 de julho de 2014

Vida simples


Lá estava ela,
curtindo a simplicidade do campo.

Aprendeu muitas coisas,
mas depois de ouvir o sábio
direcionando seus comentários gratuitos
a quem quisesse, e como é
adepta a novos conhecimentos,
seguiu em frente até que
vislumbrou naquele lugar
o que chamaria mais tarde de
lugar perfeito.

Lugar perfeito para ela
que viveu até então
na cidade grande,
entre apitos e fumaças,
corre-corre e falta de tempo,
estresses e contas a pagar.

Ali ouve o vento,
sento cheiro do mato,
conversa com o vizinho,
vê cores brilhantes,
sente energia nas veias
e prazer em viver.

Vida simples!
Era só isso que ela precisava.

Rui Morel Carneiro   




quarta-feira, 2 de julho de 2014

Retrato de um caminho


Por mais que eu conheça o caminho,
de nada adianta,
se eu não souber onde chegar.

Quis o destino que eu tomasse esse rumo,
não questionei,
segui em frente,
a cada passo sentia
angustias e prazeres,
até me dar conta
que minhas verdades
podem não ser "a verdade".

Ali na curva parei
para refletir
e senti como nunca antes
o vento me dizendo:
retorne até a encruzilhada,
lá reveja seus valores,
repense e se for o caso
tome o atalho e siga.

O melhor caminho não é,
por vezes,
o correto.  

Rui Morel Carneiro