Toda vez que tem oportunidade, contempla o mar agradecendo
aos deuses mitológicos. Já passeou de barco pela baía, já experimentou o sabor
da opulência de um iate, passeara de catamarã no grande lago, fizera passeio de
escuna, inclusive já remara um caiaque, mas continua com o misterioso prazer em
tê-los por perto.
Sua câmera fotográfica quase que involuntariamente aponta
para esses meios de transporte, não exatamente no sentido de meio de transporte,
mas como um ser que necessita estar presente, mesmo que inerte. Algo que deva
estar ali, pelo simples motivo de fazer parte integrante das imagens. Estão ali
para compor o quadro, em muitos casos a importância deles é tamanha que se
tornam o objetivo do foco, estão em pose para os registros fotográficos.
Passa longos momentos
admirando a partida e a chegada de pescadores em suas canoas, mas ele nunca foi
dono de um barco e permanece uma estranha sensação de que não possa ter a
liberdade de admirar esses seres se acaso tiver um em sua propriedade.
Rui Morel Carneiro
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